Quando bebo, divago,
antes poeta embriagado,
que doido macho.
Quando bebo, viajo,
entre umas e outras,
perco o tacho.
Quando bebo, encorajo,
chego pomposo,
de peito copioso.
Quando bebo, não me entorto,
aqui, ali ou acolá,
sem receio de chegar.
Quando bebo, alegro,
dou risada sem parar,
antes isso que chorar.
Quando bebo, me perco,
paro e observo, logo
me deparo: encontrado.
Quando bebo, enlouqueço,
pinto e bordo,
mas nunca me esqueço.
Quando bebo, não me escoro.
emborrachado, mas equilibrado,
sem essa de dar esparro.
Quando bebo, me lembro,
quando exagerado é o trago,
de nunca mais me ver embriagado.
Jorge Figueiredo
Nenhum comentário:
Postar um comentário