terça-feira, 18 de outubro de 2016

A morte não é final


TEXTO LIDO NA MESA BRANCA EM ENCONTRO DE 17/10/2016

A morte não é o final, apenas um tipo de recomeço. Essa vida é apenas uma passagem do TUDO QUE É, apenas uma pequena porção de TUDO QUE EXISTE e você está aqui e agora como finito dentro do infinito e sendo assim, limitado a essa dimensão, a essa realidade dento da realidade. Você jamais poderá compreender em totalidade a respeito de TUDO QUE É e TUDO QUE EXISTE quando é apenas uma fração disso.  

Não é, ainda, de capacidade humana o entendimento completo. Ainda não somos merecedores e capazes desse entendimento. Pense bem, comparados ao tamanho do universo somos menos que poeira. Eu sei, mas isso não responde a questão: porque estamos aqui?

É para viver! Esse exato momento já representa um dos motivo de estar aqui. A sua missão pessoal é aquela que vive nesse exato momento com o entendimento e percepção que exatamente possui agora. Mas você é muito mais do que isso. É um ser multidimensional. Afinal, você pensa, você sente, você age. Tudo é vibração e energia e essa foi a roupagem que escolheu para experienciar. Muito mais você escolheu: esse planeta, esse pais, essa cidade, essa família e os demais caminhos e situações dessa jornada.  

É por certo que ainda mais coisas se revelarão e acontecerão ao teu redor, assim como acontecem a todo momento. Lá no fundo, existe um ser que a todo momento está te apontando e intuindo na direção que deve seguir, no que deve fazer. Ele te revela a todo instante a tua missão de vida. Escute! Não seria a missão pessoal de cada um encontrar o equilíbrio, alegria, gratidão e o amor dentro da realidade que vivem? Compreendo que a missão em comum de todos nessa terra é única em essencial, aprender e ensinar a amar. Como você está fazendo a sua parte?

O sorriso que você reserva ao próximo, é o sorriso que dá a você mesmo. Curvar-se em frente a um altar é curvar-se a você mesmo. Você é aquilo o que faz, aquilo que pensa. Você recebe aquilo que você dá. Essa é uma das leis do universo, causa e efeito.  

Tudo vibra, tudo é energia, tudo tem uma sintonia, tudo tem uma inteligência. Até mesmo um átomo, uma molécula. Perceba que uma célula do meu corpo possui inteligência própria e uma função. Ela é única, nasce e morre para realizar sua missão. Ela está para mim assim como eu estou para ela, mas ao mesmo tempo não deixamos de ser apenas um. 

Quando você declara: Eu estou pronto para receber "o universo não só te ouve, ele move tudo na sua direção". Entenda que só depende de você, basta uma decisão e o Universo o apoiará trazendo até você tudo o que decidiu internamente! Desculpas não servem para nada, portanto, decida, seja o que for e assim dará movimento ao seu desejo!

Gostaria de citar apenas um trecho do texto Em Busca da Verdade psicografado por Divaldo Franco pelo espirito de Joanna de Ângelis.

"Ilude-se, todo aquele que supõe que o encontro com a Verdade irá impedir-lhe a ocorrência de problemas e de desafios existenciais na jornada de evolução... Desperdiça o tempo, o indivíduo que acredita estar livre do sofrimento, somente porque se voltou para as lições libertadoras da Verdade. Equivoca-se, a pessoa que, abraçando a Verdade, espera desfrutar de privilégios e prazeres contínuos. Defrauda a consciência, o pretendente a uma vida de exceção, longe da dor, das provas necessárias, somente porque aderiu à Verdade. Mente, para si mesmo, aquele que espera uma existência pacata, rica de experiências espirituais, sem os choques do mundo..."

O Perdão e a Paz de Espírito


TEXTO LIDO NA MESA BRANCA NO ENCONTRO DE 06/10/2016

Em nosso encontro de segunda-feira, em relação a algumas questões que foram debatidas, como o perdão, o rancor, a angustia e a busca pela paz de espírito. Fui influenciado por alguns pensamentos que compartilho nesse texto. 

Recordei-me primeiramente do hermetismo, especificamente de duas leis:
Lei da Polaridade: “Tudo é duplo, tudo tem dois polos, tudo tem o seu oposto. O igual e o desigual são a mesma coisa. Os extremos se tocam. Todas as verdades são meias-verdades. Todos os paradoxos podem ser reconciliáveis”.
Lei de Causa e Efeito: “Toda causa tem seu efeito, todo o efeito tem sua causa, existem muitos planos de causalidade mas nada escapa à Lei”.

Você deve se perguntar: Afinal, o que essas leis têm em comum com o perdão e o rancor? Com o objetivo de exemplificar, ao menos em relação ao que foi discutido em nosso último encontro, vou contar uma história.

João e Marcos

No passado Marcos traiu João e fugiu. Isso trouxe muita tristeza e infortúnio para João. Anos se passaram, porém o tempo não foi suficiente para tratar a dor que João sentia. Prometeu vingança e seu objetivo era matar Marcos.

Um dia João encontrou Marcos. Percebeu que ele não era o mesmo do passado, havia mudado. Tinha esposa, filhos e ajudava os mais necessitados. Levava consigo a palavra do senhor. A dor que João sentia era grande demais, mesmo sabendo da nova vida de Marcos foi até ele e apontou a arma na cabeça. Marcos olhou nos olhos de João com sinceridade e disse: 
 – Eu me arrependi de tudo o que fiz a você. Hoje sou outro homem, carrego a palavra do senhor comigo. Perdão por tudo o que te fiz. Você é capaz de me perdoar?
 – Não, me desculpe. - Respondeu João. 
Com os olhos repletos de lágrimas, Marcos diz: 
 – Tudo bem, se essa é a maneira de conquistar o teu perdão que assim seja. Mas saiba que eu te perdoo pelo que vai fazer em seguida.

Como você acha que acaba essa história? Esse conto me faz lembrar de um ditado: “Aquele que com ferro fere, com ferro será ferido”. Claro, lei de causa efeito ou ação e reação. O problema nisso é o ciclo eterno e viciante que se cria. Enquanto o ódio não for tratado com o amor, ele continuara sendo ódio eternamente. 

Eis então que a lei da polaridade vem ao nosso auxílio. Porque para se combater o ódio se deve nutrir o amor. Se você ainda não perdoou, se ainda sofre. Sugiro trabalhar o amor, porque somente ele vai te libertar. Ao contrário, enquanto nutrir o ódio, só mais dele terá. É a lei, você semeia o que bem entender, mas a colheita é obrigatória.

Seguimos adiante. E quanto a angustia e a paz de espírito? Vou contar mais uma história.

A história de Dona Beijo

Numa cidade do interior, havia uma mulher chamada Dona beijo. Ela era muito rica, tinha uma grande casa e empregados. Certo dia ela decidiu abrir um bordel. Logo fez tremendo sucesso. Ela era bonita, inteligente e sabia conversar sobre tudo. Com o tempo os homens casados da cidade também começaram a frequentar o bordel de Dona Beijo. 

As esposas ficaram revoltadas e se reuniram com o objetivo de elaborar um plano pra colocar Dona Beijo em seu lugar. Diziam as esposas: “afinal, quem é essa mulher que está roubando nossos maridos?”. Seria Dona Beijo culpada de seus maridos estarem pulando a cerca? 

As esposas enviaram para Dona Beijo uma cesta repleta de esterco com um bilhete que dizia: “cada um tem o que merece”.

Ao receber a cesta Dona Beijo foi até seu jardim e colheu a flor mais bela e retornou a cesta com um bilhete de resposta que dizia: “cada um dá o que tem”.

Fim da história. Imagino que deve passar um monte de pensamentos e julgamentos em sua tela mental nesse momento. Não se preocupe, porque despertar sua reflexão também faz parte dessa história. Sobre essa história e teus julgamentos digo o seguinte: “cada um dá o peso que deseja pro que recebe!”

Sem me estender mais, para finalizar o pensamento. Penso que a angustia e a paz de espírito estão ligadas diretamente com o sentido da ética. A fim de encontrarmos uma solução, primeiramente devemos resolver três grandes questões da vida: o quero, o devo e o posso.

Afinal tem coisa que eu quero, mas não devo. Tem coisas que eu devo mas não posso e tem coisa que eu posso mas não quero.

Paz de espírito se tem quando aquilo que você quer é aquilo que você pode e deve. Simples né? Talvez nem tanto. 

O que queremos podemos descobrir. Para fazer podemos dar um jeito, mas agora se devemos ou não pode ser complicado. Afinal, qual são os norteadores que devo seguir? Como saber o que devo e não devo? O que é certo e errado? 

Pessoalmente, acredito que minha liberdade termina onde começa a do próximo. Como disse nosso amado Jesus: “De que adianta o homem ganhar o mundo se ele perder sua alma?”