quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Quando bebo...


Quando bebo, divago,
antes poeta embriagado,
que doido macho.

Quando bebo, viajo,
entre umas e outras,
perco o tacho.

Quando bebo, encorajo,
chego pomposo,
de peito copioso.

Quando bebo, não me entorto,
aqui, ali ou acolá,
sem receio de chegar.

Quando bebo, alegro,
dou risada sem parar,
antes isso que chorar.

Quando bebo, me perco,
paro e observo, logo
me deparo: encontrado.

Quando bebo, enlouqueço,
pinto e bordo,
mas nunca me esqueço.

Quando bebo, não me escoro.
emborrachado, mas equilibrado,
sem essa de dar esparro.

Quando bebo, me lembro,
quando exagerado é o trago,
de nunca mais me ver embriagado.

Jorge Figueiredo

terça-feira, 11 de outubro de 2011

A Caridade

 
Como uma flor no deserto, sempre se destaca e faz a diferença no ambiente. Modifica o ânimo e estimula ao aflito.
Exige esforço e dedicação para identificar o melhor lugar e momento para usar sua energia e florir.
A caridade, mesmo sem desejar, e isto é o desejável, sempre é notada pelos resultados do bem que espalha.
Lágrimas enxugadas, dores compartilhadas, angústias aliviadas, necessidades materiais atendidas. A caridade é o amor em ação. É o Bem operando os seus prodígios e, silenciosamente, desabrochando.
Sempre enfrenta desafios e até mesmo adversários tem que serem vencidos. Os maiores são os que se abrigam no próprio ser: o orgulho, o comodismo, o apego, a intolerância e a crítica julgadora.
Dediquem-se a pequenos atos de caridade, despretensiosos e desprendidos. Pouco a pouco serão envolvidos por oportunidades que lhes convidarão a fazê-lo. Tornando-os modo de ser, de fazer e de servir.
A elevação da alma (“a salvação”) jamais prescinde da caridade.
Sejamos a mão amiga, a voz que orienta, o recurso que liberta, o ouvido que compreende, o que caminha ao lado no terreno pedregoso, o irmão que estimula pelo exemplo, o cristão que ama ao próximo.
Fora da caridade não há salvação é a lembrança do Consolador.

Josué.
Psicografado em 16.09.11, no GESM, por Antonio Nascimento.

sábado, 8 de outubro de 2011

Lenda Sioux

Conta uma lenda dos índios SIOUX que, certa vez, Touro Bravo e Nuvem Azul chegaram de mãos dadas à  tenda do velho feiticeiro da tribo e pediram: 
- Nós nos amamos e vamos nos casar. Mas nos amamos tanto que queremos um conselho que nos garanta ficar sempre juntos, que nos assegure estar um ao lado do outro até a morte. Há algo que possamos fazer? 
E o velho, emocionado ao vê-los tão jovens, tão apaixonados e tão ansiosos por uma palavra, disse: 
- Há uma coisa a fazer, mas é uma tarefa muito difícil e sacrificada. Tu, Nuvem Azul, deves escalar o monte ao norte da aldeia apenas com uma rede, caçar o falcão mais vigoroso e trazê-lo aqui, com vida, até o terceiro dia depois da lua cheia. E tu, Touro Bravo, deves escalar a montanha do trono; lá em cima, encontrarás a mais brava de todas as águias. Somente com uma rede deverás apanhá-la, trazendo-a para mim viva! 
Os jovens abraçaram-se com ternura e logo partiram para cumprir a missão. 
No dia estabelecido, na frente da tenda do feiticeiro, os dois esperavam com as aves. O velho tirou-as dos sacos e constatou que eram verdadeiramente formosos exemplares dos animais que ele tinha pedido. 
- E agora, o que faremos? Os jovens perguntaram. 
- Peguem as aves e amarrem uma à outra pelos pés com essas fitas de couro. Quando estiverem amarradas, soltem-nas para que voem livres. 
Eles fizeram o que lhes foi ordenado e soltaram os pássaros. A águia e o falcão tentaram voar, mas conseguiram apenas saltar pelo terreno. Minutos depois, irritadas pela impossibilidade do vôo, as aves arremessaram-se uma contra a outra, bicando-se até se machucar. Então o velho disse: 
- Jamais esqueçam o que estão vendo, esse é o meu conselho. Vocês são como a águia e o falcão. Se estiverem amarrados um ao outro, ainda que por amor, não só viverão arrastando-se como também, cedo ou tarde, começarão a machucar um ao outro. Se quiserem que o amor entre vocês perdure, voem juntos, mas jamais amarrados. Libere a pessoa que você ama para ela possa voar com as próprias asas. Essa é uma verdade no casamento e também nas relações familiares, de amizade e profissionais. Respeite o direito das pessoas de voar rumo ao sonho delas. A lição principal é saber que somente as pessoas livres serão capazes de amá-lo como você quer e merece. Respeite também as suas vontades e voe em direção às realizações da sua vida. Tenho certeza de que, ao ser livre, você encontrará pessoas felizes que adorarão voar ao seu lado.

By BLOG: http://temif.blogspot.com

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Chame...


Chame de saudade
essa enorme vontade
de estar lá novamente.

Chame de liberdade
essa felicidade
que acorda derrepente.

Chame de carinho
o que sem malícia
teus olhos me passaram.

Chame de desejo
essa vontade ardente
de te ver novamente.

Chame de cálido
o calor que as lembranças
trazem ao meu coração.

Chame de brando
o que o vento traz com
frescor: alegria e amor.

Chame de loucura
hoje, os sonhos dessa
mágica e inesquecível aventura.

Jorge Figueiredo

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Eu Quero....


Eu quero, no despertar de cada manhã, você do meu lado. Tua parceria será minha eterna alegria, nos campos gramíneos e floridos e ou no cordão daquela rua empoeirada de paralelepípedos.
Eu quero, a noite, olhar para o céu e admirar as estrelas ao teu lado, filosofar sobre a vida e além dela.
Eu quero, sentir sua face sob meu peito, observar você dormir serenamente entre meus braços.
Eu quero, ouvir teu coração, sentir teu timbre, conversar sobre os problemas e alegrias.
Eu quero, cozinhar com você, beber até se embriagar e juntos rir sem parar.
Eu quero, ver um filme e chorar junto contigo. Sentir o conforto do nosso lar.
Eu quero, encontrar tuas roupas misturadas as minhas, para que eu possa lembrar do teu perfume e da tua presença em minha vida, mesmo quando não estiver por perto.
Eu quero, chegar em casa molhado e eufórico, porque no caminho, paramos para brincar na chuva.
Eu quero, fazer amor com você e que esse momento seja sempre mágico e envolvente.
Eu quero, apenas dormir com você, te acariciar e admirar. Te proteger e zelar  teu sono.
Eu quero, te ver com minha camiseta, sorrindo e pulando enquanto registro em foto a recordação desse momento.
Eu quero, segurar na tua mão, beija-la e depois disso te confessar meus desejos em teu ouvido, baixo, apenas para você ouvir.
Eu quero, tomar banho contigo, lavar as tuas costas, brincarmos com a espuma.
Eu quero, fazer uma briga de travesseiros contigo, e no final, cairmos exaustos na cama.
Eu quero, ir ao parque de diversões contigo, gritar e enlouquecer de euforia.
Eu quero, ter você. Por inteiro, da forma mais verdadeira possível. Sem véus, amar e ser amado.
Eu quero, no final certo, que você tenha sido “quem realmente é”, que possa continuar amando ao próximo cada vez de forma mais intensa e que ainda possamos ser o que éramos antes de amantes: amigos.

Jorge Figueiredo