quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Equilibrar




Nessa vida agitada e cheia de compromissos algumas vezes não damos conta que devemos estar integrados com a natureza, pois somos parte dela.

O trabalho em excesso nos limita, passamos a maior parte de nossa vida enclausurados numa sala, estudando, recebendo ordens, trabalhando para nós mesmos ou outros, esperando que a vida passe e o dia do pagamento chegue.

Muitos, ao invés de trabalhar para viver acabam vivendo para trabalhar. Passam o dia inteiro dentro de suas empresas gastando energia. Trabalhar faz parte de nossas vidas e com certeza nos traz grande estabilidade e sabedoria para enfrentar os encalços do dia a dia. Mas não podemos nos prender somente ao trabalho e dessa forma acabar por descartar momentos de lazer, evolução, reflexão, de pura e simples conexão com o divino. Há mais na vida do que apenas o que você chama de obrigações. Existe um infinito universos de atividades/ elementos que você possui a teu dispor e que te oferecem a força e iluminação que precisa. 

Devemos reservar aquele tempo para ver o por do sol, sair com os amigos, namorar, passar com a família e principalmente aquele tempo para estarmos com nós mesmos.

Quando a necessidade do dinheiro nós sobe a cabeça nos cegamos para vida – nos materializamos, tornamo-nos mais grossos e densos. Suavize-se, livre-se e guie-se. Muitas vezes o que nos falta não é ganhar mais no final do mês, mas saber viver com o que temos e para isso basta saber administrar melhor o que ganhamos e abrir os olhos para quem está ao nosso lado e mais que isso para nós mesmos. Avalie suas necessidades, do que realmente precisa?   

Chega de tanta falta de tempo. Aproveite mais de você, de mais atenção aos teus desejos. Conecte-se a natureza. Também não seja tão rígido, as coisas acontecem como e quando tem que acontecer, não podemos deixar de viver. Se a vida muitas vezes não nos faz sentido deixa essa louca te levar pra onde quer que seja. Confie na tua intuição.

Acorde e veja o sol da manhã, aprecie o céu azul, abrace bem forte quem estiver ao seu lado, não tema o final do mês, pois pra tudo tem seu próprio tempo, e sua vida logo vai se ajeitar, mas pra isso basta saber equilibrar.

Jorge Figueiredo

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Barreiras



Você já olhou nos olhos e encontrou sinceridade e amor, paz e alegria em viver?

Porque sinceridade, coragem, as virtudes e princípios mais nobres são tão raros de se encontrar? As pessoas perderam suas essências num emaranhados de preconceitos e lutas sangrentas pela sobrevivência? Ou simplesmente fecharam seus olhos e calaram-se para aquilo que sentem?

As pessoas armaram-se umas contra as outras. Lutam entre si diariamente. Roubando energia de inúmeras maneiras. Isso mesmo todos duelam diariamente tentando de certa forma sentirem-se melhores perante o próximo.

Podemos perceber essa atividade sutilmente através de comportamentos simplórios praticado pela grande maioria. Essa competição ocorre de forma inconsciente. Pode-se perceber isso diariamente nos mais variados arquétipos de nossa sociedade. O intimidador, o distante, a lúdica, o coitadinho de mim e muitos outros.

Agora basta parar e refletir. Qual é nosso meio de sentir-se bem perante os demais. Qual é o seu modo de “vampirizar”? Sendo sempre o “coitadinho de mim” da história? Sente-se bem fazendo isso?

Antes de ser sincero com seu semelhante deve ser sincero consigo mesmo.

Eu pergunto: Em que momento podemos ser completamente sinceros quanto a nós mesmos. Somente quando se está desapegado do mundo? Quando se está conversando com as próprias reflexões?

Por vezes, quando refletimos sobre nós mesmos não encontramos o que realmente somos, mas algo muito próximo do que gostaríamos de ser. As pessoas com quem convivemos não nos reconhecem no que pensamos sobre nós mesmo.

Em nossos pensamentos tiramos os defeitos e aparamos as arestas para deixar bonitinho. Pode ser que em nossos próprios questionamentos/ reflexões não consigamos encontrar nossos defeitos, pois não sabemos exatamente quais são, mas com certeza encontramos aquilo que pode nos atingir diretamente.

Jorge Figueiredo